Expectativa de vida no Brasil: os estados com maiores e menores índices

Levantamentos do IBGE apontam regiões onde viver mais é possível, enquanto em outras existem desafios a serem superados.



O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados mais recentes sobre a expectativa de vida ao nascer no Brasil, referentes ao ano de 2024.

Segundo os números, a média nacional atingiu 76,6 anos, refletindo avanços nos cuidados com a saúde, no combate a doenças e na melhoria das condições de vida em diversas regiões do país.

Apesar desse crescimento positivo, os dados também revelam profundas disparidades regionais, que apontam para uma realidade marcada por desigualdades sociais e estruturais ainda persistentes.

A expectativa de vida é um importante indicador do desenvolvimento humano. Ela reflete, entre outros fatores, o o da população à saúde, à educação, ao saneamento básico, à segurança e à alimentação adequada.

Por isso, analisar esses números sob uma perspectiva regional é fundamental para compreender os desafios específicos de cada estado e propor políticas públicas mais eficazes.

Os estados com maior expectativa de vida no Brasil

O Distrito Federal lidera o ranking nacional, com uma expectativa de vida de 79,7 anos. Essa marca reflete uma combinação de fatores positivos, como alta renda per capita, ampla cobertura dos serviços de saúde, bons indicadores educacionais e uma infraestrutura urbana mais desenvolvida.

Santa Catarina, com 78,3 anos, vem logo em seguida e também se destaca por apresentar baixos índices de violência e bons níveis de escolaridade e qualidade de vida.

Outros estados com destaque positivo incluem o Rio Grande do Norte (77,8 anos), Minas Gerais (77,5 anos) e o Ceará (77,3 anos). Esses resultados mostram que o avanço na expectativa de vida não está apenas às regiões Sul e Sudeste, mas também pode ocorrer em estados do Nordeste que investem em políticas públicas eficazes, especialmente nas áreas de saúde preventiva e programas sociais.

Em alguns locais do país, a expectativa de vida é bastante alta – Imagem: Pexels/reprodução

Os estados com menor expectativa de vida

Na outra ponta da tabela, encontram-se estados que enfrentam desafios históricos em suas estruturas sociais e econômicas. Alagoas, Amapá e Roraima, por exemplo, registram a menor expectativa de vida do país, com 74,3 anos.

Esses estados enfrentam problemas como baixa cobertura de saneamento básico, dificuldades de o a serviços médicos, altos índices de violência e pobreza estrutural.

Outros estados com índices preocupantes incluem Mato Grosso do Sul (75,4 anos), Amazonas (75,5 anos), Pernambuco (75,5 anos) e Maranhão (75,6 anos).

Em geral, essas regiões demandam investimentos urgentes em infraestrutura, educação e saúde pública, especialmente em áreas rurais e comunidades mais isoladas, onde o o aos serviços básicos é limitado ou inexistente.

Desafios e perspectivas para o futuro

Embora o Brasil tenha conseguido aumentar sua média de expectativa de vida ao longo das últimas décadas, as desigualdades regionais continuam sendo um grande obstáculo.

A diferença de mais de cinco anos entre os estados com maior e menor expectativa de vida revela que o país ainda precisa avançar na construção de políticas públicas voltadas à redução dessas disparidades.

É essencial que o poder público invista em iniciativas voltadas para a promoção da equidade no o à saúde, ampliação da rede de atenção básica, melhorias na qualidade da educação e ampliação do saneamento. Além disso, o combate à violência e a redução da pobreza devem ser prioridades nas regiões mais vulneráveis.

Se medidas eficazes forem adotadas, a expectativa de vida poderá não apenas crescer de forma geral, mas também tornar-se mais homogênea entre os estados.

Segundo projeções do próprio IBGE, o Brasil pode alcançar uma expectativa média de vida de 83,9 anos até 2070. Para isso, será necessário transformar essas metas em ações concretas, garantindo uma vida mais longa — e com mais qualidade — para todos os brasileiros.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário