Em um movimento importante para a saúde pública brasileira, o tradicional exame de Papanicolau começará a ser substituído pelo teste de DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa transição segue diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e visa reduzir significativamente a mortalidade e a incidência de câncer de colo do útero no país.
Ginecologistas e especialistas em saúde feminina explicam que a nova metodologia pode detectar o risco de tumores até uma década antes de seu desenvolvimento. Essa mudança permitirá a realização de exames em intervalos maiores para pacientes que testarem negativo para o vírus HPV.
Vantagens do novo exame
O teste de DNA-HPV possibilitará que mulheres sem o vírus realizem o exame preventivo a cada cinco anos, em vez dos três anos recomendados com o Papanicolau.
Para aquelas que testarem positivo, o acompanhamento médico será mais intenso, com exames complementares e avaliações anuais em intervalos menores, especialmente se forem detectados os subtipos 16 e 18, principais causadores do câncer cervical.
Processo de coleta e nova abordagem
A coleta do material para o exame de DNA-HPV será similar à do Papanicolau, podendo ser realizada por enfermeiros capacitados. Além disso, a inclusão de um método de autocoleta visa facilitar o o ao exame em regiões remotas ou onde há barreiras culturais.
Opinião dos especialistas
Médicos e outros especialistas em saúde destacam a relevância da identificação do HPV para um diagnóstico preciso e direcionado. Com a nova política, mulheres sem o vírus terão uma rotina menos frequente de exames, permitindo que o sistema de saúde foque em casos que realmente requerem atenção.
Esse novo protocolo, aprovado por órgãos como a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), promete não apenas desafogar o sistema de saúde, mas também melhorar a qualidade do acompanhamento médico dos pacientes.
A finalidade é otimizar os recursos disponíveis e garantir um cuidado mais eficaz às mulheres brasileiras. Com isso, espera-se uma evolução significativa na prevenção e tratamento do câncer de colo do útero.
